Querido pai:

Olá pai, sei que agora pouco temos falado, deixei de saber coisas sobre ti, e tu basicamente deixaste de me ver, não aceitas as minhas escolhas e eu por outro lado, não consigo entender os teus conselhos, não consigo perder-me neles nem levar avante as coisas que me dizes, fico chateada, porque sou impulsiva tal e qual como tu; tenho saudades tuas, de quando me abraçavas quando as coisas não estavam bem, tenho saudades do teu sorriso, e saudades do que eramos juntos; Sei que não sou perfeita, faço ainda muitas asneiras, e no fundo acabo sempre por te dar razão aquilo que me dizes, fico aborrecida quando discutimos, e acabo sempre por sair a correr, sem tempo para nos despedirmo-nos e confessar-te que sei que tens razão; Desculpa pelas vezes que falhei, pelas voltas e vira-voltas que tomo, desculpa por nunca ouvir aquilo que me tens a dizer, mesmo quando gritas e ficas chateado comigo; embora não te mostre muitas vezes, não existe mais ninguem que eu ame, mais do que aquilo que eu te amo, adoro quando sorris, quando brincas, quando és uma criança; Adoro quando metes o teu tão bom humor acima dos problemas; és o meu heroi, nunca duvides disso... Escrevo-te hoje com vontade de que tu nunca te esquecas que eu gosto muito de ti...