13 janeiro, 2015

As palavras desapareceram, como se nunca tivessem existido, tudo aquilo que escrevia anteriormente se tivesse ido, como se tudo o que se passou, não tivesse acontecido, como se tudo o que aprendi, vivi, escolhi, como tudo aquilo que ficou não estivesse la mais. Os pedacinhos que ficaram, já cá não estão, já não me pertencem, como se todas as memorias, de tempos que foram surgiram já não habitam comigo. O tempo, os dias, os meses os anos passaram, e com esse passar, levaram consigo, todas as recordações que me eram algo, e me fizeram crescer. O facto de ter crescido não me assusta, não me abala, não me faz ficar triste. As palavras de um escritor, nunca se apagam, nunca se vão, nunca deixam de estar presentes. Os sentimentos 'e que se perde. E com esse perder, deixamos de escrever sobre o que ficou. Esse já cá não mora.

Incerta

A minha foto
Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.