07 janeiro, 2011


Vem a primeira carta da saudade escrita para ti, com o desejo que me possas ler agora.

Querido amor dos meus dias, estou de malas há porta não com a vontade de partir mas com o desejo de ficar, com a saudade do que fomos e ainda do que pudemos ser, deixo a mala há porta antes de entrar e arrumar tudo bem arrumadinho em lugares seguros para não existir desarrumações pelo caminho incerto que juntos possivelmente pudemos partilhar, não vou prometer que vai correr sempre tudo bem, porque não sei que caminhos vamos vaguear de hoje em diante. Não citarei amor eterno, nem prometerei que possa ficar contigo para sempre. Prometo apenas que quero que sejas sempre comigo aquilo que sou contigo, que possas fazer o certo e que nunca digas que não és capaz!


Vem a segunda parte da carta, a vontade de pedir desculpa de tudo o que fiz.


Desculpa? Desculpa por todos os erros que tivera cometido durante toda a relação de todas as birras e sentimentos que não fui capaz de transmitir para ti em todas as noites que me tiveras pedido, desculpa a forma bruta e imatura de mostrar que nada me afectava e que não iria sentir a tua falta de todas as vezes que te mandava embora sempre que não concordavas com algo que tivera em mente. Desculpa pelas despedidas que não contavas e por todas as outras que te obriguei a fazer.

E para terminar?!


Termino da melhor maneira possível, tenho saudades tuas e de todo o nosso verão, tenho saudades dos nossos bons dias, e de todas as boas noites, tenho saudades de te agarrar sempre que algo não esteja bem e saudade de tudo o que fomos capaz de construir. Tenho saudades de sentir que nada me pode fazer mal enquanto estiver contigo, e tenho saudades das longas conversas que tivéramos tido. Não tenho só saudades de ti como de tudo o que foi nosso e andamos a tentar construir novamente, uma nova casa para nós. Com novas janelas, novas cores, novos planos e novos desejos. Fico contigo.




( agora sim espero que o telemóvel toque e que sejas apenas tu, a dizeres que estamos de volta.)

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.