10 dezembro, 2010

Assim ficamos.

Sei que não te escrevo há muitos dias, ou permite dizer-te, alguns dias, não é que não tivera tido vontade, esse vicio nunca conseguimos eliminar, a sede de falar de ti, de te conhecer e de saber-te de cor, é inexplicável. – Lembro-me que em tempos, não te queria escrever, arrancava folha por folha com a vontade de nunca nenhuma palavra ser derivada a ti, ou que fala-se de ti, hoje não me importo mais. Sei que estamos novamente de malas feitas, prontos a seguir novamente caminhos opostos, a escolher amores e desamores, para voltarmos a amar, sei que já partiste, mesmo que eu tenha feito a mala mais cedo do que tu, ainda te quis ver a partir devagarinho, e a fechares a porta, não deixamos nenhum bilhete de despedida, nem voltamos a prometer que nos voltaríamos a cruzar, desta vez partimos de vez um do outro, não é a minha carta de despedida para ti, nem saberei citar-te algo assim. – Vou sentir saudades tuas, saudades nossas, vou sentir saudades do que fomos e do que me ensinaste. – Vou sempre matar o vicio com longas mensagens que ainda guardo estupidamente no meu telemóvel, matar a sede de te ver em mil fotografias que encontro no computador, e ainda reler tudo o que já falamos para enganar a saudade. – Há coisas que nunca podemos mudar, há sorriso que tu nunca me vais deixar de dar, e sem mesmo saberes, há amores que nunca se esquece. – Se por algum motivo, voltares há nossa casa, porque não conseguiste ficar longe de mim, volta a conquistar-me, como tiveras feito antigamente, não venhas com a certeza que ainda estarei aqui para ti, para receber-te de braços abertos, e que esperava por ti. – Isso já não acontece

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.