Faz um ano que peguei nos meus objectivos, nos meus sonhos, nos meus desejos, nas minhas certezas, nos meus erros, e meti tudo numa mala juntamente com a minha roupa, os meus objectos mais possuais, peguei no comboio das 17.20 e segui rumo a Guimarães. Deixei para trás o meu passado, os meus momentos difíceis, e procurei um futuro melhor juntamente com um presente incerto. Quando aqui cheguei com tudo as costas, entrei dentro da minha casa e nada teu havia, sabia que iria estar contigo nesse mesmo fim de tarde depois de mil trocas de mensagens durante o dia todo, onde falamos que estaríamos juntos. Não tive tempo para quase nada, a não ser arranjar a minha cara, respirar fundo e voltar a sair e esperar-te. Quando desci estavas encostado há parede ao lado da loja de tapetes, a olhares para todo o lado a veres por onde iria sair. Quando te voltei a ver ao fim de quatro meses, sem contacto praticamente, voltamos a estar lado a lado. Foste embora tarde, e eu não queria que fosses, não saberia se voltavas e se voltaria a ver-te mesmo agora estando tão perto de ti. Quando partiste mandaste-me logo uma mensagem, a dizer que não sabias se tínhamos feito a coisa certa, mas que não estavas arrependido de nada. Não falamos de nada, nem se ficaríamos juntos ou não. Isso era o que menos importava provavelmente naquela altura, ou naquele momento. Foi uma semana incrível, a primeira semana de Março. Por tudo o que aconteceu, por tudo o que descobrimos, por tudo o que se proporcionou em nós. Desde as despedidas constantes, aquela quinta feira no dia cinco de Março, a momentos incríveis, ás velinhas que nunca vamos esquecer, aos sorrisos, aos encontros. Ao primeiro toque e ao primeiro beijo de despedida. Não ficamos juntos neste mesmo mês. Mas tu tiveste-me todos os dias do mesmo, a todas as horas, a todos os segundos. Tiveste-me em cada momentos, em cada cantinho. Hoje és o homem da minha vida, e continuas a ser. Vieste um mês mais tarde. MAS VIESTE.