17 janeiro, 2010




Um dia juramos que iríamos ser amigos para sempre lembraste?



Ontem tive arrumar tudo do meu quarto a fazer umas mudanças pela casa, e não é que esta casa tenha recordações de ti, mas o meu quarto tem varias coisas que se movem e me fazem recordar de ti, dei de caras com coisas que naturalmente me ofereceste nas nossas noites, e sobretudo dei de caras com coisas que eram tão nossas, e nunca antes ninguém tivera coragem de nos roubar. Achei eu que a nossa amizade era mesmo eterna e que nada nos deitava abaixo, achei eu que te conhecia tão bem como as palmas da minha mão, que em qualquer acontecimento mau da nossa vida que nos pudéssemos apoiar e que fossemos apenas um. Mais uma vez e pelo mesmo motivo nos voltamos afastar, deste novamente rumo há tua vida sem seguires comigo na mesma batalha, fizeste outro caminho, e deixaste para trás tudo o que era apenas nosso, seguiste o teu orgulho e não tentas entender o meu lado, tenho que confessar-te que tu funcionas muito há base de impulsos e isso deixa-me a desejar um pouco. Desta vez vou-te deixar voar alto, vou-te dar asas aos teus impulsos e deixa-los criar os seus danos, vou deixar-te cair, levantar sozinho e vou fechar a porta do que era a nossa amizade, desta vez vou-te deixar andar sozinho, desprotegido, vou deixar-te cair em ti e fecharei a porta, eu não volto mais, pelo menos enquanto não aceitares as minhas decisões, enquanto não aceitares as minhas regras nesta batalha que nunca consegues compreender, e não tentes vir agora, só vais complicar, eu sei que vamos sempre voltar a falar daqui a uma, duas, três, quatro semanas, nos sempre fomos assim, inconstantes. Mas desta vez não venhas tão rapidamente, deixa-me pensar, deixa-me tirar as minhas conclusões sobre isto tudo o que aconteceu, deixa-me ver o que eras capaz mesmo de fazer por esta amizade e sei qual era a tua resposta agora: ‘’ eu faço tudo por nós’’. – Mas agora não faças, deixa estar as coisas como estão, tu sabes o erro que cometeste, o pânico que criaste, a infantilidade que proporcionaste, e não preciso de muitas palavras pra criticar esse teu acto, compreendo a tua raiva, o teu mau estar mesmo que aches que não EU COMPREENDO TAO BEM COMO TE SENTES O PORQUE DE USARES CERTAS PALAVRAS, mas não me peças pra acabar o teu jogo, não me peças para participar nas tuas manobras, não me peças para fazer parte deste teu teatro tão barato, não me peças que mude só para seres tu o vencedor. Tu sabes e conheces-me tão bem, eu não entro nesses jogos e eu amo-o, amo-o como sempre o amarei, amo-o aconteça o que acontecer, e tu só tens que aceitar. Sabes o que vai acontecer, não dites tu as regras, eu não vou nelas, usa apenas a amizade, e mesmo que não gostes dele, e tens mil motivos para não gostares, não faças com que a nossa amizade fique mais uma vez sem rumo, eu sei que um dia voltaremos a falar, voltaremos a conversar sobre isto, e somos capazes de sorrir de tanta palermice, mas agora não quero saber por onde andas, e o que tens feito, Pedro.

2 comentários:

  1. adorei o texto , e adoro a tua forma de escrever , espero que apesar de tudo essa amizade sobreviva pois parece-me haver força para isso :)
    beijinho *

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  2. Um amigo, é sempre um amigo...
    A verdadeira amizade sobrevive sempre a tudo, ainda que demore o seu tempo a retomar a direcção certa...
    As decisões que tomamos podem não ser compreendidas, podem ser contestadas, mas têm de ser aceites...
    E um amigo estará sempre lá, para o bem, para o mal, mas está lá...

    Força!!!

    Beijinho

    LucyPsi

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.