14 dezembro, 2009

Sou boa em despedidas.


Mais uma vez ao fim de algum tempo voltei a dar de caras com a saudade assim que abri os olhos, tentei não ligar ou nem dar importância, tentei respirar fundo e recordar-me que hoje talvez seja dia de estarmos juntos que hoje possa ser um dia em que vais chegar a minha casa a dar-me praticamente tudo. Ontem não diria que a conversa foi minimamente estranha porque nem o foi, diria que foi normal ou quase normal, brincamos com tudo que nos tem acontecido nestes últimos dias, não sobre nós mas com o nosso dia a dia, e sinceramente acho que nem estou preparada pra te perguntar o que se passa contigo, desde quarta feira referiste-me que andavas estranho, sem nada em concreto nada sobre nós, citaste que não sabias o que se passava, aconselhei-te a voltaste a reencontrar de ti próprio e falei-te que me afastava até teres as tuas ideias em ordem, lógico que disseste que não, desde então comecei a pensar em coisas diferentes, ou seja voltar a pensar em mim, na minha liberdade, e assim o fiz ou assim estou a faze-lo, confesso que se torna estranho, e não consigo tirar isso da minha cabeça, porque eu aprendi a sobreviver a cada barreira que se propõe na minha vida, com muita sorte minha. Há uma semana atrás não por esta hora, porque ainda dormia mas daqui a pouco tempo, tivemos aquela péssima discussão que até agora não esqueço e acredito que tu também não, e diria até que essa tua diferença é sobre a mesma conversa de segunda feira á noite, apesar de termos ficado bem, ou quase bem não conseguiste esquecer eu conheço-te tão bem, quanto a mim própria. Estivemos praticamente afastados no fim de semana, e ainda bem, mais uma vez serviu para eu voltar a saber o que é ser só eu novamente, desculpa mais uma vez os egoísmos mas é que sempre fui muito boa em despedidas, sou é péssima nas saudades, nas palavras, na frieza, desculpa se achas que não irei chorar, mas posso não chorar logo, mas daqui a três dias estarei perdida em lágrimas, ou então no momento em que fechares a porta e recordares-me que nunca mais te irei ver, no entanto não acredites quando me mostro de forte ou achas que ficarei bem. Não ficarei. Eu so quero e espero se um dia fores embora, que não voltes mas recorda-me sempre pelos bons momentos que juntos partilhamos durante 231 dias.

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.