28 dezembro, 2009

Eu sabia que hoje voltaria a escrever, e eu raramente falho aos meus pressentimentos, sabia que te voltava a escrever para ti depois de contigo falar. Mais uma vez voltei a sentir-me uma segunda opção na tua vida, mais uma vez voltei a sentir-me fraca, sem porto seguro para me abrigar, mais uma vez perdi-me em lágrimas a meio da noite sem as conseguir segurar. Há quantos dias não chorava? Mas que capacidade caiu sobre ti, de me fazer chorar, de me roubares o sorriso que hoje demorei a construi-lo e que cresceu quando estive contigo de tarde e afirmaste que estarias comigo, só porque quero que te relembres que são os nossos oito meses juntos. Admito que se fosse uma data normal, ou um dia normal não me importava, aceitava mas é um dia especial para mim e hoje tive alguma certeza que naturalmente não é tão importante como é para mim. Desculpa se estou a ser precipitada, desculpa também se estarei a ser injusta, não me importa, de certa forma tenho a certeza que nunca iras ler isto, para alem de já não saberes o blog não tens tempo para isto. Acabei de te mandar uma mensagem enorme agradecer-te os oito meses, como é habitual em mim, e assim se mantém todos os meses, sei que não vou obter resposta como é obvio já deves estar a dormir e para ti não é nada demais. Optares mais uma vez por uma saída com um amigo teu, como já o tiveras feito em Julho. Sinceramente não sei se deveria dizer-te adeus, se deveria esperar por ti e aguentar mais um pouco, ou se deveria mesmo fazer as minhas malas e ir na aventura que nos últimos tempos se tem tropeçado no meu caminho. Acho que ainda não fui na mesma uma das principais razões é porque ainda te amo como é lógico, e a outra é porque vou-me encontrar ainda mais longe do que já estou, estou a 50km de casa, se me aventurasse ficaria a 365km, não porque tenho medo de me arrepender, mas por mais independente que seja tenho certos receios de bastante coisas. Agora estou eu, e só eu novamente. Sei que vai voltar as minhas noites de sempre pelo menos até voltar a estar contigo, ou até ter noticias tuas, para me dares uma ou outra certeza, ou para me aconchegares a ti e me voltes a dar confiança, mas até ela chegar não tenho bem a certeza do que devia de fazer, pelo menos esta noite. Decidi que não vou em despertadores, nem quero os ouvir, mas sei que vou passar a noite toda á espera de ver a luz do meu telemóvel a brilhar e que diga ‘’uma mensagem recebida CristianoP’’ e se por algum motivo ela brilhar e não sejas tu, vou morrer cada vez mais por dentro, como me conheço tão bem. Fiz um esforço enorme para não ouvir nenhuma musica sobre ti, mas já não aguentei mais e tive que as meter a tocar, na semana toda que me encontrava no Porto não as ouvi uma única vez, voltando ao mesmo sitio elas fazem parte da minha rotina, e não as consigo deixar de as ouvir. Amanha ou desculpa hoje, vou andar o dia todo de mau humor, de cabeça caída, de lágrimas na cara e quase que aposto que o dia vai demorar horas a passar, só para a dor ser ainda mais dolorosa. Não me posso esquecer também que hoje faz um mês que fiz anos, e que mais uma vez não te encontres no dia do meu aniversario comigo. Como é que eu posso esperar que mudes?

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.