08 agosto, 2011

A

Agora podes voar.


Sabes hoje não sei se ainda cá apareces, se ainda continuas a seguir o meu cantinho, e se ainda sabes de cor as palavras que escrevo quando me sinto muito sozinha, mas tu conhecias-me bem, hoje já não sei se sabes de côr a minha maneira de ser como sabias; depois de ontem falar contigo, das saudades que senti quando terminamos a conversa, e dei de caras com a forma fria que me falaste, como se já não te importasses comigo, como algum dia te tiveras importado, a verdade é que me custou muito ver-te daquela forma; - é raro meter alguém a cima de mim, mas quando nos aproximamos, quando descobri aquelas brincadeiras, momentos e vinte e quatro horas contigo, descobri que toda a minha vida, eu tinha procurado um amigo assim, e embora tenha os meus amigos cada um com a sua maneira de ser, a verdade é que viviamos um para o outro todos os dias; ainda me recordo das noites que passamos a dançar no meio da rua, as viagens longas que faziamos de uma ponta há outra, sempre a sorrir; durante este tempo todo eu achei que a culpa era minha e só minha, por achar que eu é que tinha ido por atalhos na nossa amizade, por acreditar cegamente que tinha falhado, a verdade é que agora percebo que a culpa não foi só minha, se eu fui por atalhos, tu também os seguiste, e possivelmente encontramos saidas a onde o nosso caminho não se cruza; hoje já não me sinto mais culpada, até porque substituiste perfeitamente o meu lugar, e todas as noites de diversão que partilhamos com outros, e não leves isto com o sentimento de ciume, mas de dor, e tristeza; hoje já não te conheco mais, já nnão sei nada sobre ti, se ainda continuas a ir aos mesmos sitios, se fazes a mesma rotina, se falas assim ou se falas de uma forma diferente, se sorris a quem te abraça, ou se te fechas a quem se aproxima de ti, já não sei se hoje estas feliz com o teu caminho ou se sentes saudades minhas, até porque nunca mais voltaste a falar das mesmas; toma bem conta de ti; eu agora sinto me livre.

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.