Eu sei que devia de fechar as portas mas é tão tarde para ir embora que não fecho as barreiras que um dia mais tarde instalarei para ti. Certo?

Não me culpes nem olhes para mim assim, eu sei que as vezes fazemos asneiras no caminho do amor, optamos por caminhos não correctos, mas não olhes para mim assim sabes que não podes. – Não me ouças hoje, não preciso que leias o que te escrevo, nem olhes para mim de maneira alguma, faz o teu melhor papel de que nada te importa, que nada te toca e que não conheces a palavra saudade. Ouve as tuas musicas num som mais alto do que gostas, para a minha voz sair da tua cabeça e não a conseguires entender o que te digo. Fecha as janelas do quarto deita-te nos lençóis não os que já partilhamos mas que qualquer um te faz lembrar de mim. Não sintas o meu perfume pela rua sabes que não podes ele não te pertence mais. Sabes que é mentira quando dizem ‘’o tempo cura tudo’’, é tal e qual como dizer ‘’acreditas no pai natal?’’ – o tempo só trás a saudade de nós, a vontade de viver tudo aquilo que vivemos, trás consigo o desejo de tudo aquilo que um dia fomos, e o poder de nunca esquecer o que tínhamos. – A saudade trás consigo todos os bons momentos que vivemos e o tempo leva os maus que esquecemos. – Não venhas contar-me que não tens saudades minhas, e não te preencho os sonhos em varias noites que acordas sobressaltado e não tens ninguém para quem correr, mexes no teu telemóvel mil e uma vez, e dás de caras com o meu numero centenas de vezes (ainda uns dos primeiros da lista, suponho), mas sabes que não podes enviar mensagem nem telefonar, voltas a fechar os olhos e sabes que um dia acabas por enviar noticias tuas, até la continuas a manter o teu papel de orgulhoso mimado. Um dia prometi que largava a minha vida incerteza e ia correr abraçar-te, não podes contar mais com isso pelo menos agora, porque quem não tinha o direito de desistir eras tu.