
( Descrevo como a carta que nunca iras receber, pelo menos agora)
Gostava de começar por citar-te que não tenho saudades tuas, mas a verdade é que não te consigo mentir, e estou cheia delas. Morro de saudades tuas, desde o momento em que peguei nas minhas malas e voltei a tomar rumo sem te levar comigo, sem te deixar a morada da minha nova casa. A verdade é que não sei lidar com a diferença de não estares mais comigo, nesta altura mais complicada da minha vida, a verdade para que te escrevo é para te dizer que eu não te sei mandar embora, não te sei expulsar da minha vida! Sinto saudades tuas cada vez que o telemóvel toca e provavelmente não és tu que me enviaste uma mensagem, sinto saudades tuas das vezes que saberei que esta semana não te irei encontrar ao final do dia, que não partilharei contigo o meu sofá, a mesma almofada, que não vou sorrir através de ti, nem por ti. Tenho outra coisa que te quero escrever e que nunca antes te tivera dito, deitei uma lágrima em cada momento que saberia que estava quase na hora de ires embora e que teria de esperar alguns dias para te ver, por isso que eu ficava tão frágil das vezes que te ia levar ao carro e pedia mais uns minutos da tua atenção.
Deixa-me dizer-te que ainda acordo de manha, com a sensação que tudo não passa de um sonho e que ainda estas aqui para mim, para nós. Eu sei que fui eu que te mandei embora, que te expulsei completamente dos meus dias, não me esquecerei da maneira de como fiz. Mas eu sabia que aquela quinta-feira era a nossa ultima, e que quando voltasses era porque tudo tinha acabado. Eu sabia que estava no limite. Mas eu consegui sorrir com isso.
Agora estas novamente com a tua liberdade, tens os teus dias, as tuas saídas e as tuas grandes noites, não precisas de dar satisfações a ninguém, e podes sair quando quiseres e chegares as horas que bem te apetecer, conheceres quem quiseres, só porque és livre e eu já não faço parte da tua vida. Sabes me dizer o que ficou de nós? Sabes escrever-me o que tivemos realmente com tudo o que vivemos? Deixei de te sentir, os teus braços fortes, o teu respirar no meu ouvido, as tuas palavras calorosas nos momentos mais complicados, deixei de ouvir-te a dizer que era comigo que querias ficar, tu já não eras meu, pelo menos algum tempo. Devo confessar-te que ainda hoje não sei porque que não soubemos lutar mais, ou realmente as forças estavam todas no seu limite.
Agora deixa-me perguntar-te, nunca tiveste saudades minhas numa manha em que já tiveras acordado, nunca tiveste saudades das nossas mensagens que enviávamos ao inicio da noite, mesmo quando não tínhamos tema, e falávamos de coisas estúpidas? Diz-me se achas normal a maneira como fui embora da tua vida! Agora sei que vens, e logo há noite sei que vais embora, mostras-me que estas bem sem mim e que eu não te faço falta, dizes que tens que seguir em frente mas ao mesmo tempo sabes que não é isso que queres. Não me venhas mostrar nada, se queres ir embora, vai!! Eu não vou atrás de coisas impossíveis, não corro atrás de memorias perdidas nem de ilusões, já não tenho idade para fantasias, nem para cair no chão a desesperar. Eu não vou atrás de ti, não agora.
Teria dado tudo por nós, tinha dado a minha vida apenas para ti, mas agora não dou, não quero nem sou capaz. Fui tua tempo suficiente para me aproveitares para me teres e saberes cuidar de mim, mas não soubeste.
Não me esquecerei da ultima vez que estive contigo, dentro daquelas paredes do hospital a tua vontade de estar ali, porque tiveste que adiar todos os teus compromissos por minha causa, a tua falta de coragem para me dizeres que tinhas que ir e que não querias ficar ali, não te preocupes eu tiro conclusões sozinha e quase sempre acerto em cada uma, não me esquecerei da tua cara nem de tudo o que aconteceu.
Eu sei que não voltas! (e ainda bem).
Gostava de começar por citar-te que não tenho saudades tuas, mas a verdade é que não te consigo mentir, e estou cheia delas. Morro de saudades tuas, desde o momento em que peguei nas minhas malas e voltei a tomar rumo sem te levar comigo, sem te deixar a morada da minha nova casa. A verdade é que não sei lidar com a diferença de não estares mais comigo, nesta altura mais complicada da minha vida, a verdade para que te escrevo é para te dizer que eu não te sei mandar embora, não te sei expulsar da minha vida! Sinto saudades tuas cada vez que o telemóvel toca e provavelmente não és tu que me enviaste uma mensagem, sinto saudades tuas das vezes que saberei que esta semana não te irei encontrar ao final do dia, que não partilharei contigo o meu sofá, a mesma almofada, que não vou sorrir através de ti, nem por ti. Tenho outra coisa que te quero escrever e que nunca antes te tivera dito, deitei uma lágrima em cada momento que saberia que estava quase na hora de ires embora e que teria de esperar alguns dias para te ver, por isso que eu ficava tão frágil das vezes que te ia levar ao carro e pedia mais uns minutos da tua atenção.
Deixa-me dizer-te que ainda acordo de manha, com a sensação que tudo não passa de um sonho e que ainda estas aqui para mim, para nós. Eu sei que fui eu que te mandei embora, que te expulsei completamente dos meus dias, não me esquecerei da maneira de como fiz. Mas eu sabia que aquela quinta-feira era a nossa ultima, e que quando voltasses era porque tudo tinha acabado. Eu sabia que estava no limite. Mas eu consegui sorrir com isso.
Agora estas novamente com a tua liberdade, tens os teus dias, as tuas saídas e as tuas grandes noites, não precisas de dar satisfações a ninguém, e podes sair quando quiseres e chegares as horas que bem te apetecer, conheceres quem quiseres, só porque és livre e eu já não faço parte da tua vida. Sabes me dizer o que ficou de nós? Sabes escrever-me o que tivemos realmente com tudo o que vivemos? Deixei de te sentir, os teus braços fortes, o teu respirar no meu ouvido, as tuas palavras calorosas nos momentos mais complicados, deixei de ouvir-te a dizer que era comigo que querias ficar, tu já não eras meu, pelo menos algum tempo. Devo confessar-te que ainda hoje não sei porque que não soubemos lutar mais, ou realmente as forças estavam todas no seu limite.
Agora deixa-me perguntar-te, nunca tiveste saudades minhas numa manha em que já tiveras acordado, nunca tiveste saudades das nossas mensagens que enviávamos ao inicio da noite, mesmo quando não tínhamos tema, e falávamos de coisas estúpidas? Diz-me se achas normal a maneira como fui embora da tua vida! Agora sei que vens, e logo há noite sei que vais embora, mostras-me que estas bem sem mim e que eu não te faço falta, dizes que tens que seguir em frente mas ao mesmo tempo sabes que não é isso que queres. Não me venhas mostrar nada, se queres ir embora, vai!! Eu não vou atrás de coisas impossíveis, não corro atrás de memorias perdidas nem de ilusões, já não tenho idade para fantasias, nem para cair no chão a desesperar. Eu não vou atrás de ti, não agora.
Teria dado tudo por nós, tinha dado a minha vida apenas para ti, mas agora não dou, não quero nem sou capaz. Fui tua tempo suficiente para me aproveitares para me teres e saberes cuidar de mim, mas não soubeste.
Não me esquecerei da ultima vez que estive contigo, dentro daquelas paredes do hospital a tua vontade de estar ali, porque tiveste que adiar todos os teus compromissos por minha causa, a tua falta de coragem para me dizeres que tinhas que ir e que não querias ficar ali, não te preocupes eu tiro conclusões sozinha e quase sempre acerto em cada uma, não me esquecerei da tua cara nem de tudo o que aconteceu.
Eu sei que não voltas! (e ainda bem).
Mudava algumas coisas, porque a história não é a mesma, mas seria uma boa carta para mandar a alguém que eu cá sei.
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