18 março, 2010


Escrevi-te entre palavras, em versos que se soltaram entre nós, na conquista de sermos sempre o que somos, um só em duas almas entre dois corações que se juntaram a um e que batem exactamente pela mesma coisa. Conheci-te entre conversas, durante noites a dentro, e quando demos por nós, estávamos apaixonados, os mesmos problemas, a mesma falta de sorte com os amores antigos, os mesmos medos, as inquietações, formou uma cumplicidade que fomos descobrindo durante semanas, dias e alguns meses. Tudo porque não nos conseguíamos soltar um do outro. Confusões pelo meio, algumas despedidas e logo atras a chegada, os arrependimentos, tenho a liberdade de citar que já tivemos todas as emocões que o amor deve sentir, e citamos entre linhas no nosso livro da vida, que aprendemos a escreve-lo juntos. Aprendemos que precisamos de dois pra lutar, que não podemos desistir, e sobretudo acreditar que tudo vai valer a pena. Depois da tempestade, chega o sol, e se não vier nessa mesma noite, quando acordar na manha seguinte ele vai encontrar-se ali para nós. E cada lágrima derramada em cada momento menos bom, existe sempre um sorriso que tem o direito de chegar logo após, as palavras ditas da boca para fora. Porque o melhor de tudo é fazer as pazes com alguém. O melhor de tudo, é recordar tudo o que se tivera passado, é rever cada página do livro que anteriormente tenhamos escrito, e descobrir que provavelmente ainda mais vamos passar, e se em cada batalha que entre caminhos se cruzam em nós, não escolhermos os soldados certos para cada batalha, então o amor não era forte, o desejo de sermos nós não era verídico, e a força de acreditar que desta vez era pra sempre não passava de mais um amor que não deu certo, e declarávamos o fim. Os soldados morriam, o coração partia-se, caminhos opostos surgiam, e o amor não vencia, éramos designados como Fracos. Lamento mas não sou assim, e tu também não puderas ser, enquanto tiveres do meu lado, e caminharmos sempre com o mesmo objectivo, serás forte e lutamos sem medo. Que venha mais uma batalha, que venha mais um monstro, que venha mais umas lágrimas. Estaremos á espera.

1 comentário:

  1. Esta música diz-me tanto...
    Conjugada com as tuas palavras fica perfeita, congela, arrepia, apetece permanecer AQUI mais um pouco e regressar sempre.
    Continua minha querida.
    Beijinho,
    D.

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Incerta

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Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.