Já a noite vai a meio, e não tenho intenções de fechar os olhos e dormir. O quarto esta realmente quente, o frio ficou lá por fora, e eu não o deixo entrar. Estive até agora a tirar fotos feita cabeça no ar, a rir-me de mim mesma, das caras estúpidas que ia fazendo para a câmara, das malucas ideias que tinha, e claro o meu melhor amigo acompanhar-me não tivesse ele outra opção. Tive uma péssima discussão com uma das pessoas mais importantes da minha vida, sem eu ter culpa de nada e só o ter defendido e tiveram a capacidade de mais uma vez de nos tentar separar e desta vez, lamento mas conseguiram e não quero mais desculpas, eu sei que erro muitas vezes ou a maior parte das vezes, sei o quanto sou implicativa e arrogante e quando faço as minhas mirras nem sempre é fácil segurar-me, mas acho que a amizade vale mais do que isso tudo, as palavras que nela se usa, a confiança que nela transmitimos, a segurança que nela depositamos, e ele sempre depositei tudo nas tuas mãos, sempre disse o que achava, e sempre te vi como sendo a pessoa que me compreendia tão bem. Fiquei desiludida com isso mas tento lidar bem com a situação e como tu sabes melhor do que ninguém, eu sou muito boa em despedidas posso ter recaídas, mas nunca o saberás, nunca tomaras conhecimento. Eu não vou deixar portas entre abertas, não vou esperar pela tua chegada, não vou ouvir as tuas desculpas, não vou ouvir o porque de teres voltado, não quero saber porque que voltaste, não quero ouvir as tuas palavras e muito menos porque que vieste. Não me importa, e sei que errei em dois mil e oito, em pleno verão sei perfeitamente a injusta que contigo fui, sei o quanto te fiz sofrer e ainda sei o quanto foi difícil para ti, mas se bem te recordas e se estas sempre a dizer que és óptimo em recordações que depois de termos feito as pazes, depois de termos ficado de bem, tu disseste que nunca mais nos iríamos separar muito menos por conversas, que outros pudessem inventar sobre nós. Recordaste? Claro que te recordas, portanto criticas-me tanto e és o primeiro a falhar, julgas tanto e olha, quem fez a asneira primeiro, eu nunca falho aquilo que prometo, eu nunca falho as palavras e muito menos ás amizades, posso ter muitos defeitos, mas em relação há nossa amizade não tens um dedo sequer apontar-me, não tens uma critica sequer a fazer-me, não tens e tu quando parares para pensar um bocadinho, não só em ti, mas em tudo vais descobrir que eu tenho razão, e não te preocupes não preciso que o digas que tenho, eu sei ver quando tenho. Não te preocupes também, já não estou magoada contigo, estou aliviada, porque não fui eu que falhei. Foste tu, culpa-te a ti. E não te preocupes, que mesmo estando como estamos continuas a ser um dos meus melhores amigos.