
Hoje a tarde foi praticamente toda nossa, fizemos as coisas habituais, rimos, brincamos, ficamos colados um no outro como acontece sempre que estamos juntos, não houve diferença alguma em tudo que é habitual em nós. Não fizemos nada de novo, não usamos palavras novas, não deixamos de amar menos, nem pedir carinho um do outro. Mas hoje decidi ver-te de outro prisma. Não vou falar de nós nem de mim, quero falar sobre ti, sobre a pessoa que és e sobre os dias que me dás, quero falar sobre tudo aquilo que te tens transformado, sobre a pessoa que te tornaste. Hoje quero que sejas tu o motivo para que deva escrever, não é que nunca o faça, mas sempre que escrevo sobre ti, falo em nós e hoje não é isso que se propõe. Diria que te conheço tão bem, ou melhor do que ninguém, conheço-te melhor do que aquilo que tu achas que conheço, vim a conhecer-te de uma maneira nunca antes ninguém tivera a oportunidade de conhecer, conheço cada sorriso, cada olhar, cada expressão, cada maneira, cada palavra, cada gargalhada, conheço as tuas mudanças, conheço quando falas a serio ou quando estas a brincar, conheço o teu silencio, conheço os teus medos, conheço cada parte do teu corpo, cada arrepio, conheço as tuas mãos, o teu cheiro, o teu toque, os teus beijos, conheço os teus lábios, a tua forma, conheço praticamente tudo, porque todos os dias quero descobrir sempre algo novo. E porque conhecer-te todos os dias mais um pouco torna-se agradável, é fácil falar de ti, é fácil conhecer-te e sobretudo é fácil entender-te da maneira que te entendo, talvez a única maneira de entender-te seja esta que descobri. A tua falta de atenção, a tua cabeça no ar, as tuas palavras que nem sempre medes fazem com que eu te perceba cada dia melhor, e que saiba lidar contigo, porque aprendi a desenhar-te á minha maneira, há forma mais complicada de se perceber, demorei bastante tempo a aprender a lidar contigo, mas hoje que o sei, as coisas tornaram-se mais fáceis. Não quero palavras bonitas, não quero frases feitas, não quero mensagens de três paginas, Não quero isso vindo de ti, porque isso não és tu, isso é aquilo que eu quero que sejas, e só te estavas a tornar naquilo que eu queria, e não eras tu, a pessoa que eu me apaixonei. Tens mudado bastante nestes últimos tempos, talvez devido a tudo que se tem proporcionado na nossa vida, ainda hoje estive a reler mensagens que já me tiveras mandado algum tempo atrás e tive a comparar com as mensagens de agora a diferença que se causou, e sabes o que senti? Não, não foi saudade, foi alivio, porque agora voltaste a ser o que eras, voltaste a ser o meu cabeça no ar.
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