Faltam seis dias para entramos nos nove meses, e não é que esteja a contar os dias, sabes que nunca o faço e desta vez a regra não será excepção. Hoje decidi escrever sobre os monstros que me tem vindo visitar constantemente durante a noite, talvez seja disso que hoje necessito de citar-te, tem sido varias vezes por cada noite que tem aparecido, constantemente durante horas e horas enquanto durmo, admito que é quase sempre o mesmo, ele gosta da minha casa pelo que me apercebi, gosta de ficar cá, aparece de vez em quando mas quando vem faz questão de deixar vestígios por toda a parte, é frustrante ter que dividir com ele a minha casa, é inaceitável a sua coragem de me assombrar e desculpa o meu descaramento mas não percebo de onde vens, ou não percebo porque que apareces, quando aqui já não existe nada teu, a casa é minha, as lembranças são minhas, os sorrisos pertencem-me, as gargalhas vem de mim, e os sonhos, esses nunca deixaram de me pertencer, e ele? Ele ainda é mais meu. Portanto diz-me o que fazes aqui? O que queres desta vez? Não venhas assombrar o que nada é teu, não me venhas criar inseguranças quando sabes que já não lido com elas, não me provoques medos, e muito menos não venhas trazer contigo um passado que nada me diz, não me venhas trazer tristezas, eu já não vou nelas, primeiro eu, e sempre eu. Fica na tua casa, com as tuas coisas, vive a tua vida, e sobretudo assombra aquilo que te pertence, não me assombres a mim, e muito menos o meu presente, queres mudar-te, MUDA mas não me leves contigo, eu estou bem a onde estou, gosto de tudo, das vistas, das mudanças de humores, gosto dos meus momentos, eu gosto da minha vida, se te alimentas há base de outros, esquece comigo, não vais longe. Eu já não tenho medo de ti, e muito menos medo do quanto me fizeste sofrer, eu já não vou em monstros, deixei todos eles em dois mil e nove, quando te escrevi pela ultima vez. Tu não fazes parte da minha vida, e muito menos da vida dele.
22 janeiro, 2010
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Incerta

- Anna
- Vivi iludida durante tanto tempo, julgando o que amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem os dias(..)Apaixonamo-nos por aquilo que não conhecemos e amamos aquilo que conhecemos(..)Quando duas pessoas foram tão próximas como nós e viveram essa proximidade de uma maneira única, aquilo a que tão raramente podemos chamar intimidade, há marcas que ficam para sempre na nossa memoria, sendo por isso inútil, e até ingénuo, tentar apaga-las… Tu vives em mim por tudo o que representaste de bom e que foste de mau.
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