
Hoje não quero escrever pra falar sobre um amor de namorados, não quero escrever pra falar de um amor de amizade, não quero escrever pra falar sobre medos nem inseguranças, hoje não quero escrever pra falar sobre isso, hoje quero escrever pra falar de um amor eterno , um amor que é mais que amor, é um orgulho, uma dedicação um carinho e sem duvida uma cumplicidade, mesmo não falando muitas vezes contigo porque sempre foste de poucas palavras, falavas o essencial mas sorria como só tu sabes, as vezes ainda sinto o teu cheiro, é como se te sentisse bem atrás de mim, por momentos fecho os olhos e recordo-me dos domingos bem passados de como te sentavas a comer os ombros em cima da mesa e a segurares a cabeça, lembras-te? Nunca me esqueço de um jeito feito por ti, é como se fecha-se os olhos e as recordações chegam todas umas atrás das outras, não me consigo esquecer de ti, já foste algum tempo e mesmo assim ainda te tenho tanto na minha memoria, não consigo aceitar a tua partida, ainda não consigo falar sobre isso, lamento mas não consigo, sempre que falo de ti as lágrimas não se seguiram, eu sei que foste um dos melhores homens que conheci em toda a minha vida, senão o único homem perfeito, eu sei que não existe nada perfeito mas pra mim eras e eu jamais arranco essa imagem de ti, nem que tentem é assim que te vejo foi assim que te desenhei, e é assim que eu quero que fiques pintado na minha vida. Contudo não consigo deixar de pensar em ti todos os dias da minha vida, especialmente agora que tenho me sentido mais sozinha, toma conta de mim. Podia não falar contigo muitas vezes, mas é que nem sempre sabia como te falar, não sabia como começar um tema contigo, mas olhava pra ti com o maior orgulho do mundo, mirava-te com os olhos, conheço cada traço do teu rosto, cada expressão, ainda sei de cor o som da tua voz, não a consigo esquecer, o teu andar sei exactamente de como ele era, acreditas que ainda sei como assobiavas? É como se tivesse a viver tudo neste momento, milhares de imagens passam na minha cabeça, eu sei que desde a tua partida já escrevi tantos textos pra ti, mas as saudades matam-me eu ainda não acredito que não te vou voltar a ver nunca mais, ainda é estúpido pra mim isso e lamento mas não consigo aceitar, não consigo. Gostava de te ver mais uma vez, gostava de te abraçar mais uma vez e sentir o teu abraço também, gostava de ainda sentir o teu respirar, as tuas mãos quentes e o teu olhar expressivo, gostava de te tocar de te sentir, gostava de te dizer que te adoro apesar de tudo e que és das melhores pessoas que conheci, que ter-te na minha vida foi a melhor coisa que me aconteceu, queria fechar os olhos e sentir-te ao meu lado, de chegar a tua casa e ver-te sentado no sofá todo deitado a dormires, queria ouvir-te dizer que o glorioso era o melhor. Mas agora nunca mais vou poder sentir-te, nem abraçar-te nunca mais vou conseguir ouvir-te nem sequer te vou poder tocar, nunca mais vou chegar a tua casa e ver-te deitado, nunca mais vou conseguir ter-te do meu lado. Como é que eu posso aceitar isso? Eu não consigo. Eu tento ignorar a tua ausência, tento por vezes esquecer este pesadelo, tento não me lembrar dele, mas como posso esquecer algo que dói tanto cá dentro? Podem pedir-me tudo mesmo que ignore isto, eu não sou assim tão forte pra esquecer, não sou assim tão forte pra fingir que nada disto me custa, não posso esquecer que tu já não estas na minha vida, eu não posso esquecer, não posso acreditar que amanha eu vou acordar e tu vais estar aqui, porque isso não vai acontecer, e tu sempre dizes-te que não podíamos viver numa mentira, então eu não posso viver na base da mentira e fingir que continuas aqui, porque tu já não estas, e não queres que me engane a mim própria nunca deixas-te. Eu não falho as minhas promessas e eu prometo onde quer que esteja por onde quer que vá serás sempre, o Homem da minha vida, e homem a quem eu tenho tanto orgulho de chamar de avo, não me mudas-te as fraldas, não me deste a sopa há boca, nem sequer me ensinas-te a falar, mas deste muito mais do que isso, deste-me sorrisos, deste-me certezas que o mundo é tal e qual como nos queremos, fizeste-me ver coisas que nunca ninguém teve coragem de me mostrar e mais que isso, sempre acreditaste em mim, naquilo que eu era, e sabes do que me recordo tão bem, e as saudades que eu tenho? Era de quando me ias buscar há escola na primaria, nunca te esqueceste de mim, á 13h30m todos os dias de segunda a sexta feira estavas tu frente da escola há minha espera, tivesse sol , frio, chuva não importava como o tempo estivesse, mas nunca falhas-te um dia, nunca me deixas-te, hoje quero que saibas que um dos melhores momentos que guardo da primaria era quando me ias buscar e eu podia ficar aquele momento contigo e a ter-te só pra mim, podem chamar o que quiserem mas eu chamo AMOR DE NETA e isso, não avo ninguém vai conseguir ocupar o teu lugar. Carlos de Oliveira, és o melhor do mundo. E eu não digo adeus e ponto, mas sim um ate e uma virgula, voltamos a estar juntos.
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